O último debate entre os candidatos ao governo de Pernambuco no primeiro
turno, realizado nesta terça-feira, 2, pela TV
Globo, foi marcado por xingamentos e troca de acusações entre o
governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara
(PSB), e o senador Armando Monteiro (PTB), que
polarizam a disputa nas eleições
2018. Câmara foi taxado pelo adversário de ser
“mentiroso”, “incompetente” e conivente com a corrupção. Já o pessebista chamou
o concorrente de “ministro do desemprego” e “frustrado”.
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira aponta para a possibilidade de
confronto entre Câmara e Monteiro no segundo turno.
O governador lidera a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, com 39% das
intenções de votos. Monteiro está em segundo, com 27% da preferência do eleitor
pernambucano.
No
debate, Câmara teve dois pedidos de direito de resposta negados pela produção
do debate.“Esse é um governo da propaganda da mentira. Paulo, você é
especialista em terceirizar a culpa, quem colocou Temer lá foi você, se a culpa
é de Temer a culpa é de Paulo”, afirmou Monteiro.
Paulo respondeu a provocação chamando
Monteiro de “patrão”. “Armando, você está frustrado porque vai perder (as
eleições) pela segunda vez para um funcionário público”, disse o
governador.
Em uma tabelinha com a candidata Dani
Portela (PSOL),
Monteiro atacou à gestão de Câmara citando a Operação Torrentes da Polícia
Federal que investiga desvio de dinheiro público destinado a construção de
barragens em cidades da zona da mata sul de Pernambuco e operado pela Casa
Militar. Em outro momento de bate-bola entre Dani e Monteiro, eles aproveitaram
o tema habitação para acusar Câmara de “ser acostumado a prometer e não
cumprir”.
“Armando está querendo colocar
mentiras desde o começo querendo vincular meu nome nessas operações (da
Polícia Federal). Armando coloca estrela do PT,
mas o PT me apoia, usa Lula,
mas Lula me apoia, usa a imagem de Eduardo
Campos, mas ele nunca o apoiou. (O candidato)
tenta confundir o eleitor”, disse Câmara que evitou comentar a operação da PF
em seu governo.
Monteiro insistiu na temática
destacando que o adversário é alvo de investigação por suspeita de
superfaturamento na Arena de Pernambuco e foi citado em uma delação premiada do
ex-executivo da JBS, Ricardo Saud.
“Ele fugiu. Paulo mente e foge das perguntas”, afirmou Monteiro.