terça-feira, 16 de abril de 2013

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Jarbas luta por sua sobrevivência política, alfineta Guerra
Presidente nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE) voltou a afirmar que a candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República vai ajudar o desempenho do projeto eleitoral do senador Aécio Neves (MG) em 2014. Em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, na noite de ontem (15), o tucano defendeu a ideia de que o projeto socialista deve fragmentar votos nas regiões Norte e Nordeste.
“A candidatura de Eduardo Campos ajuda imensamente o Brasil. Ajuda Aécio também. Nas últimas eleições, eu participei muito por dentro. Elas eram muito equilibradas até o Nordeste. De repente, a diferença que a gente fazia aqui em São Paulo ia embora entre o Maranhão e o Amazonas, por exemplo. Eu não estou nem falando no Nordeste de maneira especial, mas Maranhão e Piauí já somavam alguns milhões de votos”, analisou Guerra.

O tucano também disse acreditar que a hegemonia do PT na região do Nordeste está terminando e citou, como exemplos que corroboram sua teoria, o baixo crescimento econômico, a gestão da Petrobras e as dificuldades do Governo Federal na condução da economia, a exemplo do crescimento da inflação. “Aquela hegemonia do Nordeste era bastante prejudicial para as possibilidades da oposição. Acho que uma candidatura como a de Eduardo, que tem vigor, tem energia, tem bastante chance de equilibrar a votação de uma maneira geral e a votação do Nordeste em particular”, completou.

Sobre a recente afirmação do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, de que a sigla poderia vir a apoiar a candidatura de Eduardo, Guerra disse que a declaração pode ser fruto de um entendimento interno de que, neste momento, uma composição com o PSB possa gerar vantagens para a estruturação e melhor desempenho do PPS, mas admite que não enxerga “condições resolvidas” no partido pós-socialista.

Sérgio Guerra também analisou outras possíveis perdas, como a movimentação do ex-governador Jorge Bornhausen (ex-DEM) pelo PSD e o apoio do senador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB). “A questão de Jarbas é de sobrevivência política em Pernambuco. Ele foi governador de Pernambuco, mas enfrentou um sério declínio. Nas últimas eleições, ele não elegeu o filho vereador do Recife. Então, ele tem problemas de sobrevivência eleitoral”, alfinetou o tucano.