quinta-feira, 17 de março de 2016

Moro, protegido pela imprensa golpista, rasga a Constituição

Pois meus amigos, ontem, 16 de Março, mesmo após a determinação do juiz Sérgio Moro para interrupção das escutas telefônicas, a Polícia Federal gravou uma conversa de Lula com a presidenta Dilma, sobre a nomeação do ex-presidente, para ministro Chefe da Casa Civil, gravação esta “vazada” para a imprensa pelo próprio Moro que, posteriormente, disse não haver indícios de impropriedades na conversa. 
Ora, então porque anexar aos autos de um inquérito e vazar, na mesma hora, uma conversa que ele próprio afirmou não ter interesse jurídico? Ainda mais, com quem não pode ser investigada por ele (a presidente Dilma)?

A única utilidade que me vem à cabeça é, após decretar a quebra do sigilo do processo, poder vazar para imprensa, que irá fazer a devida exploração política.
E foi o que aconteceu. A Globo News publicou, poucas horas depois da conversa, o áudio com a voz de Lula e de Dilma. 

Imediatamente senadores da oposição deram chiliques no Senado, pedindo a "renúncia" de Dilma, mesmo sabendo que na conversa, não havia nada de mais, conforme a declaração do próprio juiz do caso.

Moro, como um simples juiz federal de 1ª Instância, cometeu dois graves erros ao incluir o diálogo inútil no processo e vazá-lo à imprensa.
Primeiro- Na prática ele gerou o “batom na cueca” contra si mesmo, deixando claro que persegue politicamente Lula e a presidente Dilma. 
Segundo- Desrespeitou a Constituição Federal, à qual ele deve observar o cumprimento de suas leis, ao divulgar uma conversa grampeada, com a participação de uma autoridade (presidente da República), que não está sob sua jurisdição.
Outras gravações também foram entregues à imprensa. E sabe o que é bom, todas as conversas que ouvi até agora, não comprometem Lula. Não tem uma conversa de Lula falando de maracutaia. Tem desabo, reclamação, indignação, tem confirmando que ele não teme as investigações e tem ele dizendo: "Jamais irei para o governo para me proteger".

Pensem nisto, enquanto lhes digo até a próxima.
Guaraci Balde